É engraçado como um gesto pode mudar a nossa vida. Pode demonstrar muitas coisas que você não ousa falar, pode mudar a vida de uma pessoa, do mundo e pode ser, entre outras coisas, mecânico.
A rotina nos mostra o lado mecânico das coisas.
- Olá.
- Oi.
- Tudo bem?
- Tudo.
- Acho que vai chover...
Aí vem uma nova demonstração de vida: aquela que te desconstrói e te critica ferrenhamente. Debaixo do seu nariz, em frente às suas vistas e isso te choca. Você quer xingar, bater... aí quando explicado de um outro ponto de vista (menos complexo), você fica... com medo.
Com medo estou eu por perceber você há uns dias quieta, paradinha, sem muita vontade de fazer as coisas, com um humor frágil e a alegria que geralmente não chega aos olhos.
Sabe, eu tento há dias arrancar sorrisos, gargalhadas e fazer você pensar em coisas cor de rosa, marshmellows e abraços quentes. Eu espero que você realmente entenda que eu te amo muito e que eu quero ver você realmente feliz. ^^
A performance.
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
Digerido por .Déa. às 22:41 0 comentários
A-DORO Psicologia.
sábado, 22 de agosto de 2009
Todo mundo sabe que não tem cara gato em Letras (FATO!).
Então, esses dias, enquanto conversávamos com a mulherada e tomávamos um solzinho, um cara gato passou.
GATO.
GAAAAAAAATO.
GAAAAAAAATÍÍÍSSSIMO.
Eu dei uma olhadela pra Jiö e ficamos observando aquele cara alto, loiro, todo de preto. E ele foi andando, andando, andando, e... PERA, ELE FOI PRO LADO DO PRÉDIO DE LETRAS?
O_O
Eu olhei pra Jiö e não deu outra: SAÍMOS CORRENDO QUE NEM DUAS LOUCAS PRA SABER O QUE AQUELE CARA FAZIA POR LÁ. Ele entrou no prédio, mas seguiu pra outro corredor sem nem imaginar o que passava há praticamente dois passos dele.
Pena, não é de Letras. (há, que sonhO! xD)
Bom, ao menos descobrimos que ele é de Psico e mew, adooooooooooro Psicologia?! ;)
Digerido por .Déa. às 22:13 4 comentários
Oi, meu nome é Xúllya e eu sou gay.
Depois de uma super aula na facul, os nerds de Letras resolveram sair da toca e tomar um solzinho.
Quando eu descí, as meninas estavam sentadas no banco de pedra e o Bruk tava de pé. Aí eu cheguei e o meu bode levantou. Eu sentei e ela sentou no meu colo. Normal.
A gente mega empolgadas falando idéias que estavam brotando sobre o trabalho de psicologia (o nosso tema é o movimento Hippie) e conversava vai, conversa vem, chega um segurança na gente:
- Oi, será que você podia sentar no banco?
Todo mundo olhou pra ele e eu e meu bode desacreditamos: era pra gente. Aí ela saiu do meu colo numa boa, sentou numa brecha do banco e ele falou que não podia e talz, mas que não era nada pessoal.
- Oi, alguém me explica o que foi isso?
- Claro, só o segurança pra olhar pra Xúllya e achar que ela é gay.
- Oi, meu nome é Xúllya e eu sou gay. - disse o meu bode e caímos na gargalhada.
Eu nem vou comentar esse episódio. A situação é tão ridícula, o constrangimento do segurança em ver o meu bode sentada no meu colo, a risada geral logo depois... gente, qualé?! Ser gay não é ter lepra. Você se assustaria e/ou atravessaria a rua se eu dissesse 'Oi, meu nome é Andréa e eu sou gay'?
Digerido por .Déa. às 20:36 1 comentários
\NEMRI. -q
Ai, gente. Realmente não sabia que conseguiria ter tanta afinidade com esse povo em tão pouco tempo.
Trabalho de Psico: Vivência. -AICU.
Fomos ao Itau Cultural para ver a exposição GAMEPLAY. Joguinhos variados que a gente pode jogar de grátis. Alguns meio perturbadores, outros meio atordoadores; uns bonitinhos, outros irritantes. -q
Não tava aceitando o vício da Nessie, mas fazer o que?! A gente tem que aprender a conviver. (Porra mano to sensível, menstruada, qualquer coisa me deixa uma bolha de nervos)
- Gente, to com fome.
- Isso, eu também que horas são?
- Meio dia.
- Já?! Vamo logo comer senão eu morro.
- Mas eu quero jogar Mario Kart...
- Vamo brincar de jogar a Nessie da escada?
- TOPO TOPO, POR QUE NAO?! - as outras quatro responderam.
- STARBUCKS.
- Que?
- Tem uma Starbucks aqui perto... eu quero.
- Mc Donalds!
Eu e o meu bode fomos procurar o tal do Starbucks. Eu realmente achei que ela era louca, porque eu só conhecia o Starbucks do Center 3. =P
Andamos, andamos, andamos, andamos, andamos... é bode, super alucinação.
- Então meu pai e minha mãe também tiveram alucinação!
Nunca te falaram que maconha é sinônimo de alucinação coletiva?! >P
Acabamos comendo no McDonalds junto com as meninas. -.-
Digerido por .Déa. às 20:16 0 comentários
Blog meio parado. Vida andando a mil.
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
É, minha gente, manter uma blog não é fácil (pelo menos não quando a gente tem uma vida como a minha!)... parece que as idéias de girino são mais engraçadas ao vivo, com as meninas da facul, ou que minhas energias vitais estão entre livros, narrativas e línguas.
Línguas de todos os tipo, diga-se de passagem: latinas, românicas, anglo-saxônicas, germânicas (como disse o Zé... =P).
Gosto das línguas germânicas. Sério. elas são difíceis de lidar, mas no fundo, no fundo, bastante dóceis. Acho que estou tão acostumada às línguas fast-food que me esqueci da 'arte' que envolve uma língua. ^^
Ai, ai... agora durmo me sentindo inchada igual uma bolsa de agua quente.
Digerido por .Déa. às 22:34 0 comentários
A Prof de Espanhol - que acabou de voltar de Madri - em um dado momento da aula começou a falar de PIROPOS, entendam como xavecos.
- Os argentinos têm o costume de tratar as mulheres como comida. Meu chuuurro, bombomzinho, é.. desse jeito a gente fica se sentindo uma laranja: redonda e com a pele horrorosa. Os brasileiros são mais sonoplastas.
Segundo ela, os brasileiros adoram a famosa 'sugadinha' do Bobs. Agora adicionem à essa sugadinha, aqueeele jeito que você chama seu cachorro. Perfeito, é QUASE uma xavecada brasileira. =P
Através de um amigo DIVA que tenho lá no Wolf, fiquei sabendo de umas cantadas beeem ruins que estão fazendo SUCESSO entre as meninas da faculdade (arranca aaaaaltos risos). Vide algumas:
- Você faz aula de canto? Vamo lá no canto que eu te dou uma aula.
- Vamos sair nós cinco: eu e você, você e eu e essa tal de felicidade?
A PEEEEEEOOOOOOR:
- Belas pernas... Que horas abre?
UAhAuHAuAHuHAuHAUhauHUAh
Só rindo mesmo pra não chorar.
Digerido por .Déa. às 22:26 1 comentários
terça-feira, 11 de agosto de 2009
Affe, que saco. Pensar, pensar, pensar. É a única coisa que e posso fazer. Sempre fui tão dada, tão sociável e faladeira, mas esse pensamento fixo me desestabilizou. É foda quando eu não consigo prever nada sobre. Pensar, pensar, pensar. Acho que esse foi o meu maior problema, pensar. Aliás, nem pensar: sonhar. Eu sempre fui daquelas que sonha acordada nos poucos minutos que estou calada. E eu nunca disse que todos esses sonhos acordados eram puros. Pensar, pensar, pensar. Suspiro longo.
Agora, por exemplo, estou sonhando um desses não tão puros sonhos acordados. Porque o pensamento é tão fixo e tão presente, de maneira inexplicável, que me dá uma sensação de impossível, inalcansável, insaciável... Pensar, pensar, pensar. É inevitável sentir prazer nesse pensamento fixo. Ou o que ele realmente pode fazer. Quem conversou comigo no fim das férias, sabe por que eu to assim. Mas eu não posso negar: ele é tentador.
Sei lá, é um desabafo. Uma vontade. Ou como queiram interpretar.
Digerido por .Déa. às 22:49 3 comentários
domingo, 9 de agosto de 2009
Fui conversar com uma amiga que não vejo há anos e aí ela falou que tava trabalhando e de vez e quando saindo. Como de praxe, a gente sempre pergunta se tá namorando (considerando que ela sempre foi mais namoradeira que eu) e ela falou:
Eu tava namorando, aí a gente terminou e ele não tá nem aí e eu to sofrendo.
Ahhh, pronto... assunto pra pelo menos mais duas horas de msn. Aí eu descubro que já faz dois meses e meio que ele terminou com ela e essa semana ela mandou uma mensagem pra ele falando que tava com vontade dele. No dia seguinte, o ser mandou uma mensagem falando que tava com saudades dela, para ela ligar pra ele e assim eles combinarem de sair. Aí ela nem ligou - segundo ela, só mandou a bendita mensagem porque tava bêbada - desencanou, mas disse que ta com saudade dele.
Nisso, eu como amiga e mesmo distante, comecei a dar conselhos de 'Como sobreviver sem um Homem' e apelando pr'aquelas histórias cabeludas - que as vezes você quer esquecer mas que são ótimas pra levantar auto-estima feminina - a fiz rir e pensar como eu: que a gente não pecisa de homem pra viver feliz (ou que pelo menos a gente não precisa ficar sofrendo por homem a toa e por tempo indeterminado).
Aí eu começo aqui perguntando: CADÊ O AMOR PRÓPRIO, MINHA GENTE?! Eu não sou nenhuma super entendida em relacionamentos, mas eu aprendi que depois de tomar um pé na bunda (esses sim foram muitos! uAHUAUAhuah) a gente NÃO PROCURA HOMEM. Pelo menos não aquele que deu o pé na bunda. Ficar mandando mensagenzinha falando que tá com vontande, saudade ou que ele é importante na sua vida é perda de tempo, crédito e só vai fazer o talzinho te esnobar mais (ou voltar... pra te usar um pouquinho).
Segundo: galeraaaaa, isso é carência! E não é carência de amor, carinho, é carência de SEXO! De tato, dar uns pegas em alguém e pegar fogo. Quando você tá namorando, você se acostuma a ter certas coisinhas muito boas de maneira fácil e sem parecer vulgar: você é fogosa (adoro esses rótulos). Aí acaba o namoro e aí, comofas? Coloca anúncio nos classificados 'Oi, to com vontade de dar uma, vamo aí? Me liga: 223-4675'. Nem se você estiver muuuito desesperada.
Falei isso pra ela e ela concordou, mas disse que não encontra ninguém. Nesses dois meses e meio não beijou ninguém. Não beijou porque não quer olhar ao redor, ou porque tem esperança de que o ex vá bater na porta. E, acredite, ele não vai.
Terceiro: Ta difícil de encontrar alguém?! Minha experiência disse que quanto mais a gente fica desesperada, mais CAFAFÉLADAPÔTA aparece. É um imã e, no fim, você só vai sofrer mais. A não ser que esteja REALMENTE procurando um SEXO fácil e gostoso (porque Cafas ao menos fazem a coisa direito!).
É bom sempre ter amigas à sua disposição para chorar as pitangas, falar mal de homens, colocar a sua moral lá em cima, te encorajar a dar a volta por cima ou a parar de comer a PORRA do brigadeiro porque você só vai engordar! Essas amigas não vão te colocar em ciladas, elas querem ver você feliz, porém por mais que elas sejam a sua base você mesma tem que se convencer de que um fora é só um fora. Um homem é só um homem. Você é mais você (com uns quilinhos a mais ou a menos) e a sua vida continua.
Olha, pode parecer papo de encalhada, mas nem é. Homem tem que ser um acessório em nossa vida, não o centro dela. Tem homem em todo canto e de todo tipo: baixo, alto, feio, bonito, cafa, certinho, delicado, grosseirão... Basta só você escolher. Lógico que também não dá pra tentar escolher homem estando naquele estado criança-catarrenta-de-tanto-chorar com o cabelo-oi-eu-sou-a-mulher-de-neanderthal. Tem que dar uma repaginada no corpo e na mente. Let's go mulherada!
Digerido por .Déa. às 23:12 4 comentários
"Oi, vê o meu com alecrim?"
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
Andy saltitante de felicidade porque está caminhando para ter o corpo da Beyoncé (Chuuuupa! =P) e meio grogue de excitação e expectativa na frente do msn, conversando com o bode dela:
B ode Black-Cullen diz:
ah, hoje fui no médico, vou começar a me tratar *-*
Andy =P diz:
do que?
B ode Black-Cullen diz:
alergia e meu temperamento.
Andy desatenta à conversa, bate o olho e entede algo beeem diferente.
Andy =P diz:
*juro que eu li uma coisa bem diferente*
Andy =P diz:
alecrim e meu tempero.
B ode Black-Cullen diz:
AUHDUAHDU LÓGICO, SOU UM BODE COMESTÍVEL.
Andy =P diz:
Tá, então vê o meu temperado com alecrim? xD
Andy lesada. ¬¬'
Digerido por .Déa. às 21:08 2 comentários
Caso de Amor.
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
Harry Potter e Hermione Granger, na época foi como foram chamados.
Ele odiou o apelido.
Ela adorou por querer ser igual a garota.
Ele achava que ela era exibicionista.
Ela achava que ele era retardado.
Eles foram obrigados a se aproximar - como manda a lei mínima da educação.
Ele pensava UAHuahuahuAuUHUhuhu.
Ela pensava Affffeeeee.
Eles se acostumaram à presença um do outro.
Ele ouvia dos outros o quanto ela era falsa e não confiável.
Ela não ouvia nada, apenas se divertia.
Eles fizeram parte do mesmo elenco.
Ele como um caipira mau humorado.
Ela como a dona da festa.
Eles realmente ficaram próximos.
Ele, inventando paródias de músicas bregas.
Ela, ajudando ele a executá-las.
Eles começaram a se encontrar mais de uma vez por semana.
Ele começou a falar demais.
Ela começou a ficar calada.
Eles viram o primeiro projeto a surgir de suas cabecinhas ocas.
Ele achava super intelectual.
Ela achava vazio, por não entender nada de Geografia.
Eles beiravam o casamento, por NÃO se ver apenas uma vez por semana.
Ele ficou louco e depressivo.
Ela não tava nem aí, adorava a presença dele.
Eles não sabiam quando se conheceram que chegariam a dormir juntos. A Passar uns dias de Carnaval juntos. E que surtariam nesses dias, quase sentindo a necessidade de matar um ao outro.
Eles se tornaram tão íntimos, que até para a família, eram namorados. Eles deram o primeiro beijo. E único. Aquilo parecia plástico. E umas boas gargalhadas eram ouvidas dentro do recinto de uma festa de casamento.
Eles eram teimosos, brigavam porque ele era anos 80 e ela querendo ser bicho grilo.
Eles eram populares. E ao mesmo tempo, excluídos.
Eles se aturaram. Eles se odiaram. Eles se ignoraram. E mesmo assim, quando alguém falava mal de um dos dois, eles quebravam o pau com a pessoa. Afinal, só ELES poderiam falar mal um do outro.
Eles pararam de se falar porque a situação de mamulengo dela era intragável pra ele. Eles tiraram umas férias deles mesmos. E sofreram. Tanto que quando voltaram a se ver, nem parecia que tinha se passado seis meses.
Os dois estavam mudados. Bastante mudados. Ele, super fashion e ela, super botequeira.
Ele tinha uma vida afetiva bem agitada, porém atormentada. Ela tinha a vida afetiva quase parada, porém atormentada.
Ele mudou de curso.
Ela entrou na faculdade.
Ele choraminga horrores.
Ela grita apaixonada.
Ele vai assistir Harry Potter com ela.
Ela adora o sacrifício nele.
Ele é o estímulo dela. A tira do tédio e nem percebe. Só pelo telefone, isto é.
Eles agora são faladeiros. Gostam das mesmas coisas, não todas, se não seria mais insuportável do que às vezes é.
Eles têm gramour. Porque fazem cadimia junto.
Têm o mesmo humor negro.
Ele é atirado e hoje foge de relacionamentos - pelo menos aqueles em que ele tem que ser baby sitter.
Ela é desbocada e aprendeu a falar as coisas horrorosas sobre os quase-casos de baby sitter dele que deixam ele boquiaberto.
Eles comemoram dez anos por esses tempos. É... isso é realmente um caso de amor não-declarado.
Digerido por .Déa. às 08:57 3 comentários
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
Nossa, cair da cama é apelido.
Durante toda as férias, eu comecei dormir bem tarde (coisa que não acontece durante as aulas nem que o Papa venha aqui implorar para a minha mãe deixar) e acordar mais tarde ainda. Afinal é férias! E eu realmente não tenho nada pra fazer no dia seguinte.
Aí, nessas últimas duas semanas (por vários tipos de motivos) eu comecei a acordar cedo. Mas beeeem cedo mesmo. É o terceiro dia consecutivo em que acordo às SEIS E MEIA DA MANHÃ!!! E não consigo voltar a dormir.
O bom disso é que eu finalmente comecei a missão de ler os livros e estudá-los para a FELIZ banca examinadora que vai ocorrer no fim ano.
(Vocês queriam que eu fizesse o que?! Chorar e rezar pra dormir de novo? õO Acordei pra cuspir, meu povo! xD)
Para quem pensava que vida de ator é fácil (e acreditem, eu já tive que escutar 'Nossa, mas eu pensava que era só subir num palco' vááárias vezes) e que vida de Wolfiano é baba - porque é só tevê-, chupa essa manga:
INFORMAÇÕES AOS ALUNOS DE MÓDULO 04 (BANCA)
1ª FASE
1 - REDAÇÃO
2- PROVA ESCRITA COM 10 PERGUNTAS DE CONHECIMENTO TÉCNICO E PRÁTICO.
LER: (LIVROS TÉCNICOS)
- TÉCNICO DA REPRESENTAÇÃO TEATRAL – STELLA ADLER
- A CRIAÇÃO DE UM PAPEL – CONSTANTIN STANISLAVSKI
- A PREPARAÇÃO DO ATOR – COSNTANTIN STANISLAVSKI
- A CONSTRUÇÃO DA PERSONAGEM – CONSTANTIN STANISLAVSKI
- INICIAÇÃO A ARTE DRAMÁTICA - EUGÊNIO KUSNET
- O ATOR R MÉTODO – EUGÊNIO KUSNET
- A ARTE DO ATOR – RICHARD BOLESLAVSKI
- PARA TRÁS E PARA FRENTE – DAVID BALL
ASSISTIR: (FILMES)
- RICARDO III – AL PACINO – ENSAIO
- CENAS DE UM CASAMENTO – INGMAR BERGMAN
- NOITES DE CABÍRIA – FELLINI
- LARANJA MECANICA – KUBRICK
- BODAS DE SANGUE – CARLOS SAURA
- AMADEUS
- HAMLET
- A MEGERA DOMADA
- O BAILE
2ª FASE
1 -APRESENTAÇÃO DE UMA CENA (DUPLA) LIVRE ESCOLHA (SUGESTÕES)
DURAÇÃO 3 MINUTOS
3ª FASE
1 – APRESENTAÇÃO DE UMA CENA (DUPLA) SUGERIDA PELA ESCOLA
DURAÇÃO 3 MINUTOS
Já até escolhi a minha dupla pra fazer a cena de livre escolha! (Mééél, borabotapáfudê!) quanto aos textos, saca só a listinha que eles passam pra gente com os textos que a gente pode escolher:
SUGESTÕES DE PEÇAS PARA BANCA
01 – UBU REI A. JARRY
02 – AS TRÊS IRMÃS A. TCHECOV
03 – A GAIVOTA ANTON TCHECOV
04 – O JARDIM DAS CEREJEIRAS ANTON TCHECOV
05- O CASAMENTO SUSPEITOSO ARIANO SUASSUNA
06 – O SANTO E A PORCA ARIANO SUASSUNA
07 – A PENA E LEI ARIANO SUASSUNA
08 – AS FEITICEIRAS DE SALÉM ARTHUR MILLER
09 – MORTE DE UM CAXEIRO VIAJANTE ARTHUR MILLER
10 – A EXCEÇÃO E A REGRA B. BRECHT
11 – O CÍRCULO DE GIZ CAUCASIANO B. BRECHT
12- PROMETEU ACORRENTADO ÉSQUILO
13 – LONGA JORNADA NOITE ADENTRO EUGENE O`NEILL
14 – A JUVENTUDE NÃO É TUDO EUGENE O`NEILL
15- AS TROIANAS EURÍPIDES
16- A CASA DE BERNARDA ALBA
17- BODAS DE SANGUE GARCIA LORCA
GARCIA LORCA
17- CASA DE BONECAS IBSEN
18 – A CANTORA CARECA IONESCO
19 – ENTRE QUATRO PAREDES J. P. SARTRE
20- VEREDA DA SALVAÇÃO JORGE ANDRADE
21- A ESCADA JORGE ANDRADE
22- A MORATÓRIA JORGE ANDRADE
23- O SANTO MILAGROSO LAURO CESAR MUNIZ
24 – ESTE OVO É UM GALO LAURO CÉSAR MUNIZ
25- CALA A BOCA SENÃO EU GRITO LEILAH ASSUNÇÃO
26- O NOVIÇO MARTINS PENA
27- O TARTUFO MOLIÉRE
28 – O MÉDICO VOLANTE MOLIÉRE
29- BONITINHA MAS ORDINÁRIA NELSON RODRIGUES
30- TODA NUDEZ SERÁ CASTIGADA NELSON RODRIGUES
31- ÁLBUM DE FAMÍLIA NELSON RODRIGUES
32 – A SERPENTE NELSON RODRIGUES
33 – ANJO NEGRO NELSON RODRIGUES
34 – VESTIDO DE NOIVA NELSON RODRIGUES
35- MÃO NA LUVA ODUVALDO VIANA FILHO
36- SEIS PERSONAGENS A PROCURA DE UM AUTOR PIRANDELO
37- O SOLDADO FANFARRÃO PLAUTO
38- DOIS PERDIDOS NUMA NOITE SUJA PLÍNIO MARCOS
39- NAVALHA NA CARNE PLÍNIO MARCOS
40 – ABAJUR LILÁS PLÍNIOMARCOS
41 – QUARTO DE EMPREGADA R. FREIRE
42 – ESPERANDO GODOT S. BECKETT
43 – LOUCOS PARA AMAR SAM SHEPARD
44- REI LEAR SHAKESPEARE
45- SONHO DE UMA NOITE DE VERÃO SHAKESPEARE
46- OTELO SHAKESPEARE
47 – A TEMPESTADE SHAKESPEARE
48 – HAMLET SHAKESPEARE
49 – A MEGERA DOMADA SHAKESPEARE
50- ÉDIPO REI SÓFOCLES
51- O PAI STRINDBERG
52- UM BONDE CHAMADO DESEJO T. WILLIAMS
43 – A MARGEM DA VIDA T. WILLIAMS
54 – O ANJO DE PEDRA T. WILLIAMS
55– GATA EM TETO DE ZINCO QUENTE T. WILLIAMS
Para quem sempre me perguntava como funcionava essas bancas examinadoras e o que a gente tinha que ler, talz... Dessa lista de textos você escolhe um pra fazer a cena de três minutos. Você não precisa ler todos (óbvio, até pq você precisa se preocupar com mil coisas ao mesmo tempo até a banca) mas um pouco de cultura não faz mal a ninguém. Eu, particularmente, já li 22 peças dessas 55, e tenho em casa 7 textos da lista que ainda não li por motivos de.. preguiça UAHUAHUAhuA mas os quais eu conheço pelo menos o resumo da peça.)
É, galerinha... apesar de ser uma lista razoável (considerando que os livros teóricos têm pelo menos umas 300 paginas cada um), eu descobri que não troco essa vida por nada!
Ah, sim... quanto aos filmes, quem quiser assistir aos filmes, aproveita a oportunidade e bora fazer uma sessão cinema aqui em casa, meu povo! =P
Digerido por .Déa. às 07:45 1 comentários
O Tombo.
terça-feira, 4 de agosto de 2009
Estava eu, linda, feliz e gordinha descendo a rua do cursinho, comendo um croissant de queijo, para ir ao ensaio que eu marquei às 10 da manhã na escola de teatro, pensando em qualquer coisa sobre marcações de cena ou em pessoas que eu não devia pensar e estava brigando comigo mesma até que....
SPLAFT!
... eu caí no chão. Mas caí lindo! De bunda. Quase em câmera lenta. E fiquei lá. A sensação era a mesma daquela do flash da foto, que a gente fica meio desorientado por uns dois segundos.
Quando dei por mim, caí justamente na rampinha de um hotel mega-chique. Não consegui sentir vergonha. Eu não tinha sacado a tal situação. Tinha chuviscado e molhado o chão e minha bota ta meio zoada, escorregando pacas.
Olhei pra frente e vi um cara, de camiseta azul, correndo, atravessando a rua:
- Moça, c ta bem?
- To sim.
- Sério mesmo?
- Obrigada to bem. Só to meio desacreditada que eu caí.
- O chão ta muito escorregadio. Ta bem mesmo?
- To sim. Valeu ein...
Ele me ajudou a levantar e eu balancei a cabeça, pra acordar. Tava um friiiio. Isso quer dizer que além do meu bumbum ficar beeeem dolorido na hora, a legging que eu tava usando ficou molhada. ¬¬'
Meu croissant quase voou, meu celular se espatifou (pela quinquagésima vez no semestre)...
E pior: NÃO TEVE ENSAIO PORQUE NINGUÉM CHEGOU NA HORA.
Digerido por .Déa. às 09:33 2 comentários
O Mito de ser Mesário.
'Mesário, nosso muito obrigado. Sem você não teríamos eleições.'
Para quem gosta de uma experiência diferente, ser mesário é uma boa! Sééério, não to zoando! Posso falar por conhecimento de causa. Minhas primeiras eleições e já sou mesária!
Tudo bem, sou uma pessoa bem disposta pra acordar às 6:15 da manhã num domingo chuvoso e a escola onde sou mesária é a dez minutos da minha casa...
Conhecer os procedimentos da eleição (enquanto vocês só chegam no lugar pra votar e ainda ficam estressados em ficar dois minutinhos a mais na fila...) é bem legal, e às vezes bem burocráticos, porque não pode quebrar nada, tem que assinar um monte de coisa, preencher fichas (eu sou atriz e não admimistradora, logo, não mexo muitas vezes com isso, é legal saber como funciona *to encantada*)...
Causos por ali...
MURICY RAMALHO - Siiiiiiiiiim, o famoso (?) técnico do São Paulo!
Um pai corithiano e um filho, de mais ou menos 8 anos, são paulino (ambos com camisetas de time) estavam na frente do Muricy. A Flávia (1ª mesária) soltou:
- Ninguém merece ter um corinthiano na frente votando...
*odeio tietagem... -.-*
- Mas pelo menos o filho dele é são paulino, né? - Muricy até que foi simpático. Engraçado que todo mundo na sala era são paulino (inclusive eu) e fizeram questão de expressar isso enquanto o 'Seu' Muricy tava lá (foi como o chamei).
SEU MOYSÉS! - um vovô tão simpático, que devia ter seus 80 e tantos, com um cachorrinho a tira colo e um neto de uns 10 anos.
- O Cachorrinho veio votar? - é seeeempre a Flávia!
- Mas ele não trouxe Identidade... - o seu Moysés falou. FOFO!
- Ah, ele pode votar com habilitação de motorista!
*Andréa, aprende uma coisa: quando tentar ser engraçada, CALA A BOCA, PORQUE FOI PÉÉÉÉSSIMO!*
Ele foi votar, aí...
- Moça, eu num lembro os números, só os nomes dos candidatos.
- Ah, seu Moysés, a gente não pode falar...
Enquanto isso, na maquininha que controla o tempo de votação
'O Eleitor xxxxxxxxxx não está votando. Anular voto?'
AHHHHHHHHHHHHHH! Não pode acontecer isso! A Flávia teve uma idéia:
- Seu Moysés, a gente não pode falar, mas lá fora tem uma tabela, o seu neto pode ir lá e ver. - E Flávia foi lá com o neto.
Tinha uma pequena fila, e uma garota (chamada Lílian, ha ha ha, I know your name!) tava estressada... quase xingando e eu lá com cara de pasmada pedindo calma por gestos.
No fim, seu Moysés ficou sabendo o número e votou direitinho! =D
SAMIRA KALIL - Preciso comentar porque foi a primeira pessoa BIZARRA a aparecer. Sabe AQUELE traveco?! Mas AQUEEEEEEELE mesmo?! Era ela. ele. Sei la... Bom, voto é voto. =P
O pior é que a gente tinha que ficar com cara de paisagem, como se não estivéssemos muito curiosas analisando aquela figurinha.
NOBUCO - Putz, só dou bola fora. Me passaram o título de eleitor. Eu nem olhei pra cima pra ver a cara da pessoa. Aí eu achei no caderno de assinatura e falei:
- SENHOR Nobuco...
Olha para trás, era uma senhorinha. A Rana tapou a boca e chorou de rir.
- Nobuco, assina aqui por favor?
(A senhorinha não percebeu a minha primeira gafe.)
EGLEN - Uma japinha de uns trinta anos que mais parecia a menininha do 'Inxa lá' do que outra coisa... Nunca vi uma japa com tanto ouro reluzindo (ou bijoux) do que ela...
NILVA - Sempre que eu vejo alguém que deixa o filho votar por ele, eu lembro da minha mãe e do meu pai deixando eu votar, porém EU ERA UMA CRIANÇA ESPERTA!
Ela entrou mó feliz na cabine com a filhota (linda criança) e saiu de lá com um sorrisinho amarelo:
- Ah, votamos errado.
O.O COMO ASSIM?!
AUHAUHAUHAUHAUAHUAHAUHAUAHUAHUAHUAHAUHAUAHUAHUAHUAHUAHAUAUHAUHAUAHUAHAUHAUAHUA
RANAEL - Ela é a Presidenta da Seção 381 (a que eu estava). Ela só não gosta do nome dela. Mas olha Rana, a gente viu tanta gente com nome estranho... fica feliz por que Rana é um apelido Legal! =D
Fora meus vizinhos que votaram na minha seção. Foi uma festa de zoação. Engraçado que a piada num muda: 'Ta de castigo aqui é Andréa?!'
Não é castigo ser mesário. Aliás, repito, é divertido. E vou falar uma coisa: é chato quando não tem nada pra fazer lá na seção (tipo, quando não tem ninguém).
---------------
Ano que vem a saga de ser Mesária continua. =P
Digerido por .Déa. às 09:29 1 comentários
Pré-disposição ao Exibicionismo.
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
Imaginem alguém pequeno. Beeem pequeno. Uma criança de uns 4 ou 5 anos. Ela estudava perto de casa e sua mãe a levava e buscava todo dia na escola. Ela era adorada por (quase) todos, e a mãe já ouvia elogios da parte das professoras sobre ela, tendo apenas um defeito (que a seguiu por toda a vida escolar): falava pelos cotovelos, inclusive durante as aulas. Mas era uma ótima aluna. Talvez por isso as professoras tenham a chamado para fazer a abertura da Festa de Encerramento daquele ano. Ou porque ela não tinha vergonha.
Deram a ela um papel do tamanho de um guardanapo com algumas frases de boas vindas aos pais. As professoras falaram a ela que era pra fazer uma SURPRESA para os próprios pais, então quando a mãe dela falou que ia ajudá-la a decorar o tal texto, ela ficou emburrada e falou:
- Não, a tia falou que era fazer surpresa, então eu lembro sozinha.
Sim, ela já era orgulhosa perto da mãe e bem metida (defeitos que em casa mantém o convívio dela e da mãe com ADRENALINA demais até hoje). Depois de uma semana, ela sabia o texto direitinho porque a 'tia' tinha ajudado ela e não era difícil, afinal, ela já tinha falado um poema no Dia das Mães na frente dos pais da sala dela. Não fora difícil. O dia tinha chegado e sua mãe havia a embonecado toda: sua roupa era toda branca, o collant, a sainha de tule era enfeitada com lantejoulas prateadas, meia calça e sapatilhas. Na cabeça, usava um coque que de tão apertado lhe doía mexer as sobrancelhas e uma tiara com um enfeite de pluma branca e lantejoulas prateadas. Sua mãe tinha a maquiado, exageradamente como sempre, e devia ter brilho até dentro de suas orelhas.
O lugar era bem grande, muito maior que o pátio da escola onde ela tinha declamado o tal poema. Havia muitas cadeiras e um palco enooorme a seu ver. Seus olhinhos brilharam e ela começou a pular de alegria. O nervosismo passara.
Ela se despediu da mãe e foi de mãos dadas com a diretora para o camarim onde tinha um monte de crianças se empurrando. O palco tinha uma cortina azul que estava fechada. A diretora a levou para atrás da cortina, e falou pra ela que estaria ali ao seu lado, do lado de trás da cortina se ela esquecesse. Mas ela não iria esquecer, sabia de cor e salteado.
Aí a diretora abriu a cortina de forma que só aparecesse a pequena bailarina de uns 4 ou 5 anos de olhos brilhantes e um microfone meio grande para seu tamanho. Ela olhou para a platéia e, como ainda não tinha miopia, conseguiu ver perfeitamente aquele mar de gente com as máquinas fotográficas viradas para ela e uma câmera bem perto do palco, direcionada para ela também. Respirou fundo, sorriu e começou:
- Boa noite! - ela disse, fazendo um 'pliê'. Piscou os olhinhos mais uma vez e... - Boa noite! - ela só lembrava essa parte! Olhou discretamente para o lado e a diretora, percebendo sua gigante aflição de fazer feio, começou a murmurar o texto para ela, de dentro da cortina. - É com muito prazer... - a diretora, que tinha luzes no cabelo, murmurou mais uma parte e a menina esperta continuou - Que a nossa escola... - murmurou a próxima parte, mas, desatenta, a pequena não entendeu e se inclinou um pouco na direção da diretora. Ela murmurou de novo e dessa vez ela entendeu - Apresenta essa noite...
"Hm...?" Ela não tinha entendido de novo e murmurou para a diretora. Entendeu, afirmou com a cabeça ligeiramente e continuou.
- O show de encerramento do... - depois de falar o nome da escola, a diretora já tinha falado a próxima frase e ela se atrapalhara.
"Quê?" falou baixinho. A diretora murmurou novamente ela realmente não tinha entendido o começo da frase. Sem pensar duas vezes, virou seu corpinho e perguntou:
- QUÊ? - a pergunta foi feita de maneira alta e clara. O único problema é que ela falou isso com o microfone perto da boca. Enquanto o salão ria, a diretora balançou a cabeça levemente e rindo, apareceu de detrás das cortinas, agachou ao lado da menininha que não compreendera nada. Nem as risadas e nem porque a diretoa resolveu aparecer. Mas ficou feliz, porque agora a diretora falava tudo pra ela e ela entendia e ia repetindo no microfone, com o maior sorrisão no rosto.
Ao fim do pequeno show, entregou o microfone para a diretora, agradeceu daquele jeito que as bailarinas fazem e saiu, toda empinada e orgulhosa para o camarim.
Seu pai, uma semana depois, mostrou a fita VHS que tinha toda a Festa gravada. A menininha ainda tem a fita, mas morre de vergonha de vê-la... até hoje.
Digerido por .Déa. às 09:34 3 comentários
Bolhas de Sal.
domingo, 2 de agosto de 2009
Um professor meu, na oitava série, me disse um dia - enquanto eu morria pra tentar entender a lógica de desenvolvimento de uma dissertação:
Andie, o seu problema é que todo mundo diz que você está certa.
Oi? Pera, comaçim, quem é ele pra me dizer uma coisa dessas?! Quem ele pensa que é?
Dramática como sou, rasguei a folha da dissertação e joguei fora. Saí da sala de aula bufando. E chorando.
Isso foi tão marcante pra mim que até hoje me sobem as lágrimas com o mesmo gosto: Derrota.
Como atriz (nãovoupraglobobjs), a última coisa que quero ouvir é alguém falando o meu errado. O meu fraco. O que eu não consegui naquele momento. Por isso, me esforçava tanto pra ser perfeita, mesmo sabendo que a palavra Perfeição tá longe do ser humano. E segurei lágrimas por isso.
O vestibular. A Glória da Primeira fase. E o desleixo da Segunda fase. Por que mesmo?
Elogios sobre o meu desempenho e exclamações sobre minha inteligência alimentaram meu ego. As lágrimas apareceram nos rostos de outros, marcando a decepção que eu havia causado.
As aulas de tevê. Minha primeira cena, no começo do ano passado, foi um choque:
- me ver em uma tela de tevê;
- gorda que nem um porco;
- todos os coleguinhas da classe vendo e,
- a professora falando duramente e apontando pra tevê tudo o que eu não fiz.
As lágrimas voltaram, mas dessa vez eu as impedi. Engoli seco e a sensação de uma noz ficar presa na minha garganta veio.
Prometi pra mim que iria fazer a professora me reconhecer como competente, mesmo sendo do Primeiro Módulo.
Ensaiei, ensaiei, decorei as falas, arrumei figurino (uma camisola confortável) e tinha um colega pra olhar nos olhos e me passar um conforto de que eu ia conseguir.
Fui elogiada na tal cena. Suspirei de alívio e a noz sumiu. Dessa vez, guardei o elogio como se fosse um cupom. Quanto mais eu me esforçasse, mais ganharia cupons. Deu certo. Passei pro Segundo Módulo sem grandes problemas e com um enorme orgulho de mim mesma.
Meu ego sempre me trai com relação aos elogios. As aulas de tevê, hoje (indo para o Quarto Módulo) tenho que correr atrás e aumentar a minha nota, deixando de ser mediana. O vestibular? Sei la, esse aí hoje eu tenho orgulho de falar 'Não passei!'. O palco? Depois de ouvir um grito e um incentivo, volto pra ele pra me satisfazer. A crítica? Engoli e pensando bem... 'Larga o orgulho de lado e admite que concordou com ele, sua boba!'
Quando alguém lê alguma coisa minha e se diverte, se emociona ou fica revoltado e quer sair pras ruas e me ajudar a mudar o mundo, isso é gratificante. Muito. Talvez por isso comentários sejam tão importantes pra mim. Odeio ser insignificante. Quero ser marcante. Na vida de todos. Bem ou mal, eu não me importo, mas quero que lembrem-se de mim.
O texto ta confuso, eu sei. As minhas idéias também. Eu fico floreando com as palavras pra tentar mostrar - e impressionar - às pessoas que eu aprendo a cada instante, suspiro, lágrima ou respiração presa e tento digerir tudo olhando o lado Pollyana da vida.
Hoje eu consegui.
Lágrimas de satisfação.
Dedicado a um ariano.
Digerido por .Déa. às 03:19 2 comentários